são inúmeras e hilárias! as histórias que ouvimos de criança
colocando os pais em situações de saia-justa. como qualquer fase, eu sabia que meu dia chegaria. como vários marcos da vida dela, veio antes do que eu esperava. não pensei que seria assim tão cedo. com 2 anos e 2 meses, Dora me fez desejar
ser um avestruz pra poder enfiar a cabeça num buraco no chão. Tudo o que eu
queria era su-mir.
entramos no metrô. uma senhora nos cede o lugar. normalmente
eu não aceitaria vindo de alguém mais idoso, mas a combinação carro-cheio-com-duas-sacolas-e-criança não me permitiu tal educação, aceitei. a senhora ficou
por ali puxando papo com Dora, que dividia sua atenção entre sua boneca e suas
botas, ela não tava mesmo muito afim de papo. eu, tentando retribuir a gentileza da
senhora, estimulo um diálogo: “filha, a senhora está falando com você, por que
não dá boa noite a ela e agradece por nos ceder o lugar? Diga: obrigada,
senhora”. Dora olha pra mim, olha pra senhora, mete o dedo na barriga da
senhora e exclama para quem quisesse ouvir naquele vagão lotado “téin neném atí, mamain!? teeein!?”
preciso dizer que não tinha?
desnecessário, filha. desnecessário.
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