sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

um dia daqueles.

calor, muito calor. menstruação veio com tudo. daqueles dias em que a sensação é a de que acordamos pesando 3x o nosso peso. mulher de fases total. e nessa nova fase de mulher com ciclos, ainda me acostumo ao papel de mãe: mãe de tpm... mãe com cólicas... mãe de fases...


esse mês ela veio de surpresa. ontem a minha vontade era deitar e sentir o fluxo, o mundo, o vento (que vento!?). só sentir.

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e hoje, um pouco melhor, mas funcionando ainda numa velocidade digna de bicho-preguiça combinada a paciência e simpatia de um funcionário público alemão nos 2 minutos finais de seu expediente de sexta feira. como explicar isso a uma criança de 21 meses e toda a sua energia inesgotável? não sei.
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em pouco mais de 24h, já deixei almoçar na frente da tv para não dar tanto trabalho, ignorei crise de choro – dela e minha – pra terminar de dar banho, dormi longe dela pra não ter que dar o peito a noite... trófeu honorário de menasmãe pra mim.
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eis que hoje, no caminho para a creche ela resolve que engatinhar no chão da estação de metro é uma boa. e eu, sem paciência alguma, interfiro:
- filha, levanta.
- miaaauuu.
- filha, levanta! não tem ninguém engatinhando aqui...
- au au au!
- Dora levanta que esse chão tá imundo!!! – já termino a frase pegando ela do chão sem delicadeza alguma, o que dispara os sensores da culpa materna, em três micro-centésimos de segundo eu já me sinto culpada por toda a dor e sofrimento que há no mundo e já emendo o esporro num pedido de desculpas - desculpa a mamãe, filha. mamãe tá cansada, esse calor está deixando ela meio dodói e sem vontade de brincar. descul...

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ela não me deixa terminar e me envolve no maior abraço que seus curtos braços podem dar acompanhado de um delicioso e babado beijo na bochecha. segue apontando o mundo do meu colo e conversando como se nada tivesse acontecido.
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explicar pra quê? se ela o que ela entende vai muito além do verbal...

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