quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

sobre a não-solidão da maternidade e o amor que nunca para de crescer


[primeiramente uma breve nota: o texto a seguir foi escrito há algumas semanas atrás e postado num grupo querido de mães que participo. é com o sentimento descrito nele que coloco meus dois pés em 2015, sem olhar para trás. que o novo ano seja repleto de amor, e só.] 
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sobre a não-solidão da maternidade e o amor que nunca para de crescer.

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falamos tanto sobre como a maternidade nos traz uma solidão arrebatadora. hoje venho compartilhar com vocês um pouco da minha experiência contrária. eu tenho um grupo muito querido de amigos da primeira faculdade que cursei. não terminei o curso, mas os amigos viraram quase uma família. daquele tipo de grupo que uns casaram entre si, os cônjuges que foram acolhidos, que a gente chega na casa uns dos outros abrindo a geladeira, se metendo na conversa alheia, enfim... muita intimidade mesmo. rs minha cria foi o primeiro bebê do grupo e, até agora, é a única. achei, sinceramente, que essa "nova fase" na minha vida iria me afastar um bocado deles até que chegasse sua vez de procriar. mas não. 
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hoje acordei cedo com a filhota e partimos pro outro lado da cidade onde iriamos passar o dia com parte do grupo. gente, quanto amor cabe nessa vida! ver minha filha, o maior amor que eu poderia ter, crescer e criar vínculo com meus melhores amigos, os meus amores antes dela nascer, só faz aumentar o amor que eu não tinha ideia que poderia crescer ainda mais.
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essas pessoas, jovens, recém-casados, com planos de volta ao mundo e nenhuma noção do valor da mensalidade de creche ou do tubo de Bepantol, dividem comigo a mesma cumplicidade que qualquer mãe-amiga dividiria. isso me surpreende tanto. me alegra o coração. e vejo que, as vezes, só o que a gente precisa é relaxar e deixar as pessoas se aproximarem - ou reaproximarem. 
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hoje estou explodindo de amor. pela minha filha e pelos meus amigos. os mais lindos que eu poderia ter. 

2 comentários:

  1. Quanta sorte a sua de ter amigos assim. Inveja...

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    1. é um pouco de sorte sim, Viviane. mas, mais que isso é cultivar com afinco relações além das românticas ou familiares, que é o 'obrigatório'. é tão batido o discurso de que devemos amar a respeitar família, ou tão idealizado o amor na relação a dois que esquecemos de respeitar e cultivar o amor pelos amigos. só agora estou colhendo os frutos de muitos anos 'regando' essas amizades. espero que você tenha esta 'sorte' também. e obrigada por ter dado um pulo aqui. volte sempre! :)

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