sábado, 20 de dezembro de 2014

cadê?

a fase dos porquês é famosa. lá pelo 4o ano (ou antes?) da criança ela passa por um momento insaciável de querer saber o porquê de tudo. ela tem algumas variações. lá em casa lembro que meu irmão repetia infinitos "mas como assim?" o-tem-po-to-do. era irritante uma gracinha!


é interessante que o adulto entenda esse momento, não minimize a curiosidade da criança e tente, na medida do possível, responder aos seus questionamentos. lembrando que na vida tudo passa, essa fase irritante encantadora também. eu, naturalmente prepotente, sempre me achei muito paciente e me considerando a "tia legal que responde tudo".

mas aí eu fui mãe, né? e daí que a cria da gente aparece, antes de completar dois anos, com uma nova variação dessa fase. por aqui chegaram os  porquês cadês.

acontece mais ou menos assim:

acabamos de sair de algum lugar, qualquer que seja. ela começa perguntando sobre alguém que ficou no lugar e de quem ela não se despediu (pq a pessoa dá tchau, mas ela não responde).

- cadê vovó?
- cadê vovô?
- cadê gato?
- cadê Nice? (nossa auxiliar aqui em casa)
- cadê Helena? (amiguinha)
- cadê mamãe da Helena? (título autoexplicativo)
- cadê moço? (qualquer pessoa com quem ela tenha cismado no metrô/no ônibus/na rua/na chuva/na fazenda/numa casinha de sapê)
- cadê (insira aqui um sujeito de sua escolha)? 

eu, após responder o mesmo cadê três ou quatro vezes, desisto e devolvo a pergunta:

- cadê, Dora, cadê vovó/vovô/gato/Nice/Helena/mamãe da Helena/moço!?

2 comentários: